Olha que delícia de feriado, já me emocionei horrores com vídeos fofinhos da interwebs. Eu comecei essa postagem sem saber ao certo qual seria a finalidade dela, mas agora já estou entendendo. Hoje, minha mãe fez uma cirurgia no olho e agora está no quarto dela descansando tranquila, porque apesar dos nossos receios e traumas a cirurgia foi um sucesso, graças a Deus. Eu chorei muito nos últimos dias por conta do histórico terrível de cirurgias mal sucedidas que ela já fez pra tentar melhorar a visão. E dessa vez nosso medo era ela ficar cega, o que quase aconteceu. E eu não sei vocês, mas eu amo enxergar ... e ela também.
Não entrarei no mérito das pessoas que já nascem sem ver, ou ouvir, ou falar. Pois no meu entendimento é mais simples aprender a viver sem algo que você nunca teve, do que deixar de ter esse algo e reaprender a viver sem ele. Mas o fato é que nesse último mês estou sentindo o valor das coisas multiplicado, sabe? As flores que eu sempre amei têm novos aromas, o pôr do sol de cada dia tem novos tons, as comidas têm outros sabores e o acordar tem outro sentido.
Existem centenas de músicas e poemas que falam sobre o aprender a dar valor depois que perde. E hoje eu sou grata por ter aprendido e entendido o valor de viver com todos os sentidos sem que fosse necessário um deles ir embora, fosse em mim, ou fosse no próximo. Hoje entendo melhor o significado da famosa frase de O Pequeno Príncipe: "Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos", poder olhar o céu no final da tarde é bom, mas poder ver, sentir e guardar esse momento como ele realmente é, é um privilégio divino.
Se você tem a visão saudável e essa sequência de pessoas enxergando as cores pela primeira vez não te fizerem valorizar mais o que você tem hoje, eu não sei o que faria:
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