SÉRIES: HATERS BACK OFF E O QUE NÃO VER NA NETFLIX


    Primeiro, queria explicar como cheguei até a série Haters Back Off. Navegando em algum lugar da blogosfera assisti um vídeo da Netflix em que algumas questões enviadas por brasileiros eram respondidas pela atriz Colleen Ballinger, ou pela personagem dela na série. Isso é, ela estava vestida de Miranda, mas nem de longe aquela era a mesma Miranda que eu vi ao longo dos oito episódios da primeira temporada. Depois que eu vi esse vídeo ainda passaram-se alguns dias e eu esqueci o nome da série. Procurando na Netflix encontrei Unbreakable Kimmy Schmidt que logo nos primeiros cinco minutos já identifiquei como não sendo o que eu procurava, mas assisti mesmo assim e gostei. Recomendo essa crítica aqui pra vocês, escrita pelo Bruno Carvalho do Ligado em Série, porque eu concordo com tudo que ele disse. Pois bem, depois de assistir a série da Kimmy, finalmente Haters Back Off apareceu na minha página inicial e eu fui lá ver qual era a dela. Dica número 1: quando o título da série te manda "cair fora". Caia fora.
    Eu costumo lutar para não dizer nada quando não tenho nada de bom pra falar, mas essa série merece uma crítica. Não achei que os atores são ruins não, o problema ali foram os personagens e o roteiro. É notável que quando assistimos filmes, lemos livros, vemos novelas e coisas desse tipo, criamos empatia pelos personagens e nos colocamos no lugar deles, mas com a Miranda em Haters Back Off isso foi impossível pra mim, pela primeira vez em 21 anos. E para vocês terem uma ideia do quanto essa série me incomodou, eu tentei assisti-la em quatro idiomas, para ver se a voz da garota era "menos ruim" em algum deles ... tentei assistir em alemão. Alemão! E eu não teria feito isso se soubesse que a atriz tem um canal no Youtube chamado PsychoSoprano. Mas enfim, perdi meu tempo assistindo a temporada inteira. Dica número 2: se você sofre de fonofobia, poupe-se das cenas em que a Miranda chupa o sorvete de chiclete dela.
    A série gira em torno, infelizmente, de Miranda Sings uma garota sonsa sem nenhum talento  aparente - o que seria comum e aceitável se ela fosse, pelo menos, humilde. Com a ajuda do tio - um cara visivelmente irresponsável e transtornado - ela cria um canal no Youtube para tentar virar uma super estrela, ou melhor, "para mostrar ao mundo a super estrela que ela já é".
    Peguei muitas críticas embutidas na série? Peguei sim. A protagonista é uma sátira dos youtubers, o tio é o parente parasita, a mãe é a mocoronga que se faz de vitima, o pastor - o que nos deixa triste, mas não nos faz discordar, porque realmente existem líderes religiosos assim - é um aproveitador que queria usar da doença inventada pela mocoronga da mãe para forjar uma cura. Só que, na minha opinião, boa parte das críticas que a série tentou gerar na sociedade, retornaram pra ela, porque a coisa foi mal feita. 
    Vi algumas pessoas defendendo, dizendo que quem não aprovou é porque não entende sarcasmo. O que não é uma verdade, porque sarcasmo é meu idioma nativo. Para esta resenha e a criadora dela, no caso: eu, essa série é ruim demais. Se quiserem uma crítica profissional e que faça mais sentido, procura lá no Ligado Em Série que com certeza tem. Mas por enquanto já sabem, né? Se algum dia ela aparecer como sugestão, BACK OFF!